sexta-feira, 27 de maio de 2011

Operários - Tarsila do Amaral



 
Opeluta!
O operário em busca do pão diário
Sob sol, chuva, dor, alegria...
Ignora-se ser humano
Torna-se fera
Que mesmo ferida
Engole seu pranto silencioso
Injustiças são aceitas
A família é mais forte
Dignidade?
Não cabe nesta sociedade.
Um, dois... feijão e depois?
Ser palhaço
Num mundo de aço
Em busca de um espaço
No meio de tantas cores
Do mundo industrial
A produção, o homem em luta
Estão em série
Imigrantes agregando mais riqueza
Ricos e pobres
“Eu trabalho” para o seu bem!












segunda-feira, 23 de maio de 2011

SORTE OU FALTA DELA ?

                            Sorte ou falta dela?
          Os dias são infindáveis quando se espera um grande amor, ou quando  é preciso manter as aparências e ficar ao lado de quem você sente apenas desprezo.
          Assim é a vida de Rosa, Rosa mulher, que assim como a flor só  agora desabrochou para a vida semelhante a rosa flor que se abre para a vida transpondo toda a beleza que trazia enclausurada dentro do singelo botão.
          Nossa mulher, a Rosa, casou-se muito nova por imposição dos pais. “Ter uma filha solteira é motivo de grande preocupação, nunca se sabe o que vão comentar, além de que já está com dezesseis anos, não tem mais o que esperar”. E assim Rosa entra na igreja mais arrastada do que conduzida pelo Sr. João, um homem de poucas palavras e senhor de suas vontades, todos sabiam que o Sr. João dissesse que “pau é pedra” ficava entendido que “pau é pedra” e ponto final.
          Da parte da mãe apenas ouviu um monólogo “trate de se conformá minha fia, foi ansim cumigo, e hoje seu pai é um homi bão, nunca dexô fartá nada.
          Era uma tarde sombria quando aos pés do Padre, Rosa nem se quer disse o sim, mas cumpriu o ritual onde era apenas mais uma figurante.
          Tudo aconteceu como tinha que acontecer, em suas orações diárias pedia a Deus que colocasse o amor em seu coração em relação ao seu esposo.
           O esposo, um senhor de meia idade, proprietário de uma pequena quantia de terra, lindeiro de seu pai, morou sempre com seu irmão, ajudou cuidar dos sobrinhos, mas agora por motivo de problemas de saúde, seu irmão resolveu mudar-se para a cidade. Jorge, agora esposo de Rosa, achava-se muito velho para iniciar a vida em outro lugar, então precisava de uma companheira e Rosa foi a moça escolhida a ponta de dedo: cozinhava como ninguém, costurada e da lida da lavoura era bem entendida: capinava, roçava, plantava de máquina manual, aprendeu das escritas apenas desenhar o nome... para que será que para arranjar marido precisava saber ler e escrever?!
          Em uma das raras idas de Rosa até a cidadezinha mais próxima se deparou com um grupo de ciganas, que muito prestativas vieram ao encontro:
          - Viejo que la mutacha sofre mui de amore!
          Rosa sentiu-se incomodada, sempre ouviu falar muito mal dessa gente, parecia que estava ouvindo o pai falar “Lá vem essa gentinha que não tem o que fazer, passa pelas estradas, olhando de dia para vim buscar de noite”. Mas no seu caso, como aquela senhora com jeito tão sofrido, pode somente pelo seu olhar saber de seu coração.
          Sentiu-se pressa sem coragem e tampouco vontade de afastar, seus olhos pediam que falasse mais, que contasse que havia alguma coisa que pudesse fazer, alguma esperança no fim do túnel escuro que era sua vida...
          Rosa queria e a cigana falava tudo o que ela queria ouvir: você sofre, o amor que tem não é suficiente para aquietar seu coração, mas espere... vejo uma luz.... uma saída... um grande amor.... oh, não posso falar mais...
          Nesta altura Rosa com seus olhos pretendia arrancar da cigana, e como não tendo dinheiro a ofertar tirou a aliança brilhosa de seu dedo e balbuciou, pode ficar com ela.
          E assim ouviu o que queria: a felicidade baterá a sua porta, um homem vindo de fora será capaz de oferecer lhe  a felicidade.
          Quando a cigana se afastou sentia o coração cavalgando dentro de seu peito, só recobrou a razão quando sentiu a presença de seu marido maldizendo os ciganos que segundo ele estavam “pestiando a cidade”. Rosa tentou saber do marido se ele acreditava nas ciganas e ele deu risada, afirmando que ainda bem que Deus colocou-o ao lado de Rosa para lhe proteger e cuidar, pois o achava muito despreparada para a vida. Pudera, em casa sempre foi reprimida pelo pai que vivia dizendo “estes assuntos não são coisa para mulher”. E agora pelo marido, como queriam que tivesse noção de realidade.
          A rotina trouxe de volta  Rosa para a vida real, até que Jorge recebe a visita de um primo  da esposa,  a mais de dez anos não se viam. A chegada de Basílio, por coincidência ou destino, o primo se chamava Basílio, sim Basílio, tão encantador, sedutor, charmoso como o Basílio conhecido pelas moçoilas,   foi como trazer a vida aos olhos de Rosa, e a tragédia para dentro da família.
         Leitor, se você conhece A cartomante e o Primo Basílio, o final cabe a você construí-lo, mas não se iluda como dize Hamlet, entre o céu e a terra, há mais cousa do que sonha a nossa filosofia.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Emoções!!!

Músicas, imagens, palavras..., afloram emoções, sentimentos, refletindo-os.


A DOCE POESIA!


A doce poesia!
Chegou à hora do encantamento com as palavras; poesia é isso: brincar sem compromisso, imaginar, inventar e reinventar... É dar mais sabor, alegria e vida às palavras. As crianças são nossos grandes mestres nesta arte, pois com elas o que vale é a emoção, o divertimento... Vamos recorrer à poesia para tornar nossas aulas mais prazerosas, e nossos alunos mais encantados pela leitura.
Por isso, é importante que os professores incentivem os alunos a lerem poesias em sala de aula. A poesia é algo maravilhoso, fascinante de se trabalhar com os alunos, desperta a imaginação, pois, pode ser usado como ferramenta pedagógica na forma de entretenimento, estimulando assim, a criatividade, aquisição da linguagem, enriquecimento do vocabulário, além de desenvolver a capacidade de leitura e oralidade, tornando a aula mais alegre e divertida.  Trabalhar de forma lúdica com poemas e poesias faz a criança mergulhar no mundo das idéias e dos sentimentos.
Ensinar a bela arte Poesia na escola é incentivar para a leitura com forma de  se expressar, reivindicar, falar ao mundo do mundo ou do seu próprio mundo e brincar com as palavras, expressar seus sentimentos e relacionamentos. Ela desafia a própria razão, afinal lida com o que é de humano. Ela é uma comunicação especial, própria de cada um, com seus encantos e desencantos, mas belos e profundos. É cabe a nós o dever de ser o mediador e o iniciador das crianças neste mundo da leitura. Mundo este prazeroso, lúdico e agradável.